A premissa do carro ser desvalorizado poderia ser levada como verdade absoluta até bem pouco tempo atrás, mas atualmente a descontinuação não provoca necessariamente uma queda vertiginosa de preços entre os seminovos, ao contrário, em média alguns modelos têm até se valorizado nos últimos tempos.
De acordo com uma pesquisa da Mobiauto, que levou em consideração 64 veículos e versões 2019 e 2020, que foram tirados de linha durante a pandemia, a aposentadoria não é mais uma condenação categórica à alta desvalorização.
Desse estudo, 20 veículos valorizaram mais do que a média do mercado (que foi de 7% no período). O campeão de valorização foi o Audi A3 Sedan Prestige 2020, que custava R$ 122.651 em março de 2020 e chegou a abril de 2021 sendo vendido a R$ 147.456 – alta de 20,22%.
O executivo defende que o mercado automotivo vem sofrendo profundas transformações influenciado por diversos fatores como, por exemplo, a multiplicação de alternativas para buscar peças de reposição mesmo de carros fora de linha, advindas do universo trazido pela internet.
Isso facilita a vida dos consumidores na medida em que a regra anterior condenava vários bons produtos ao esquecimento, bem como frustrava alguns consumidores por terem que rejeitar veículos de sua preferência.
Dos dez modelos descontinuados que mais perderam valor de março de 2020 para cá, cinco são Ford e cinco Citroën. E, nesses casos, definitivamente, não foi a insegurança de encontrar peças que influenciou os preços para baixo.
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